Recipiente de contenção 3 vem superaquecendo.
No sábado, explosão ocorreu no recipiente do reator 1.
O governo do Japão alertou neste domingo (13) do risco de uma nova explosão, similar à da véspera, na usina nuclear de Fukushima, localizada no nordeste do país. As autoridades, no entanto, dizem que não esperam danos em nenhum reator do complexo.
O ministro porta-voz Yukio Edano disse que o reator número 3 da unidade sofre problemas em seu sistema de refrigeração, mas que não há risco de fusão do núcleo.
Edano considerou possível que aconteça uma explosão no recipiente de contenção do reator devido a uma acumulação de hidrogênio, como ocorreu no reator 1, mas insistiu em que o previsível é que não cause danos graves.
Ele também afirmou que uma eventual explosão não causaria novas retiradas de moradores da região, após a mudança para outros lugares de cerca de 180 mil pessoas que vivem em um raio de 20 km em torno da usina nuclear.
Sobre as informações de um possível processo de fusão no núcleo de um reator, Edano disse que não há nenhum dado que confirme que aconteceu essa fusão, embora tenha admitido uma possível “deformação” de uma parte do núcleo devido a um superaquecimento.
Foto divulgada pela TEPCO mostra o teto danificado do reator 1, na usina nuclear Fukushima Daiichi, danificado pela explosão de sábado (12). |
Moradores formam fila para medição de índice de radiação neste domingo (13) em Koriyama, Fukushima |
O porta-voz do governo disse que o nível de radiatividade que desprendia a central de Fukushima chegou a superar em um ponto o limite permitido de 500 microsievert até alcançar os 1.557 microsievert, mas 50 minutos depois tinha se reduzido para 184 microsievert.
“O nível atual não é prejudicial para a saúde”, afirmou Edano, que equiparou o nível máximo de radiatividade emitido pela central com três radiografias de estômago.
Mapa da usina de Fukushima. |
Em Fukushima, os esforços se centram em tentar reduzir a temperatura de seis reatores das usinas nucleares 1 e 2, cujos sistemas de refrigeração ficaram danificados pelo terremoto. Para isso, estão sendo usadas água do mar e ácido bórico.
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