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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Governo anuncia economia extra de R$ 10 bilhões para enfrentar crise


O ministro Guido Mantega disse que a economia será feita com aumento de arrecadação e não à custa de cortes de despesas.


O governo anunciou, nesta segunda-feira (29), que vai fazer uma economia extra de R$ 10 bilhões, este ano, como medida de proteção contra a crise internacional.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a elevação do superávit primário, a economia feita para pagar os juros da dívida, como estratégia para proteger o país contra um período de recessão mundial, que, segundo ele, está próximo: “Nós não somos imunes às consequências desse cenário recessivo”, afirmou
Até julho, o governo atingiu 80% da meta fiscal, que é de R$ 117,8 bilhões. Mas acredita que pode fazer uma economia ainda maior, de R$ 127 bilhões, R$ 10 bilhões a mais do que estava previsto.
O ministro disse que a economia será feita com aumento de arrecadação e não à custa de cortes de despesas. “Não compromete nenhum programa social, nenhum programa prioritário do governo, porém caminha no sentido de impedir que haja elevação de gastos correntes, que poderiam ser aprovados, por exemplo, no Congresso brasileiro”.
Sindicalistas recebidos pela presidente Dilma no Palácio do Planalto também criticaram o anúncio, mas deram um voto de confiança ao governo.
“A força sindical, nesse caso, dá um crédito de confiança ao governo, mas para dar esse crédito para valer, é preciso cair juros amanhã e depois”, defendeu Paulo Pereira da Silva, presidente Força Sindical.
A oposição chamou o anúncio de factoide. “Não contribui para reduzir taxas de juros e não significa corte de gastos supérfluos, ou seja, não contribui para que o governo recupere sua capacidade de investir produtivamente”, afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), líder do partido.
A decisão de aumentar o superávit foi anunciada na véspera da reunião do Copom, que começa na terça-feira (29) e vai definir a nova taxa de juros. Para o governo, a medida vai sim abrir espaço para que o Banco Central reduza a taxa a médio e longo prazos. Além disso, vai permitir mais investimentos para o país que significam mais empregos.

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