Se não chover, Rio Branco poderá enfrentar um racionamento de água.
No Acre, a falta de chuva baixou a um nível preocupante o volume de água do rio que abastece a capital do estado.
As bases das pontes sobre o Rio Acre, que normalmente ficam submersas, estão bem visíveis. Em alguns trechos, barcos maiores não podem navegar. O rio que abastece a capital, Rio Branco, encolheu. Uma imagem bem diferente de abril deste ano, quando, por causa das chuvas, o Rio Acre transbordou e desabrigou 1,5 mil pessoas em dez bairros da cidade.
Depois de quatro meses, o Rio Acre passa pela maior seca dos últimos 40 anos. Só para se ter uma ideia, em um dos trechos, se formou uma ilha e já é possível, inclusive, ficar no leito do Rio Acre, sem precisar se molhar.
A profundidade do Rio Acre está em 1,58 metro, seis centímetros a menos do que em 2005, quando houve a pior seca da região.
“Quanto tem ocupação irregular do solo, quando tem desmatamento da mata ciliar, quando tem atividades produtivas que não são adequadas à realidade ambiental, o rio sofre”, explica Écio Rodrigues, pesquisador da Ufac.
Se não chover, Rio Branco poderá enfrentar um racionamento de água. “Estamos recomendando à sociedade, convocando mesmo a população, para que economize água, porque a gente não sabe quando é que vamos retomar os níveis normais do rio”, alerta o secretário do Meio Ambiente Carlos Edegard de Deus.
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